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MINHA VIAGEM AO PERU: CUSCO – parte #2

Falando sobre: Vídeos
11 jul 2016

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Hoje vou contar sobre minha chegada em Cusco e os passeio que fiz pela região. Mas antes de começar, vou tentar explicar um pouco como tudo funciona, porque essa foi uma tarefa meio confusa até mesmo pra mim, já estando lá.

Cusco, em Quíchua (língua falada pelos Incas) significa o umbigo do mundo, ou seja, onde tudo se concentra e se conecta. Portanto a maior parte das ruínas dos povos incas e pré-Incas estão em Cusco e seus arredores, assim como as marcas dos conquistadores espanhois, na presença de muitas igrejas e referências da religião cristã.

Então você pode imaginar que ruínas e belezas naturais são extremamente exploradas pelo turismo local, por isso mesmo é que tudo, absolutamente tudo, é pago. Para entrar nos principais parques você precisa, antes de qualquer coisa, comprar o Boleto Turistico – Ticket que se deve apresentar na entrada das atrações para poder entrar, vão furar o local correspondete pra você não poder entrar duas vezes sem pagar a segunda. Também é possível comprar entradas avulsas, assim que chegar ao local, mas vai sair bem mais caro que comprar tudo de uma vez.

 

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Além do boleto, também é necessário adquirir condução e guia separadamente. Você pode ir sozinho, mas não recomendo, pois sem uma pessoa contando a história e magia do local, vamos só ver um monte de pedras e ficar boiando. Conseguir isso é fácil, tem dezenas de agências turísticas espalhadas pela cidade que fazem esse serviço. Eu comprei direto no hostel, tinha uma pequena agência no pavimento principal, os preços eram melhores que das agências que perguntei e o ônibus saía de um ponto quase em frente a entrada do hostel.

Dito isso, vou passar pras minhas primeiras experiências na cidade 🙂

 

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A cidade é muito alta, percebi isso logo na chegada pelo incômodo ao andar e respirar. Não é nada insuportável, mas subir um lance de escada me cansou como se fosse uma escada infinita rs. Além do cansaço e falta de fôlego, podemos sentir dores de cabeça, náuseas e disfunção do trato intestinal. Só que com alguns cuidados nada disso vai acontecer: eles usam e abusam da folha de coca em chás, balas e ela própria para mascar; a folha de coca tem propriedades que evitam o temido Soroche ou Mal da Altitude e vão te fazer sentir bem melhor. Além disso, tire o primeiro dia para ambientação, não marque nada no roteiro, vá só andar um pouco pelo centrinho da cidade, que é minúscula. Coma coisas leves, como alguma sopinha ou prato de quinoa, que costuma cair bem, tome muita água, não se esforce e evite ao máximo tomar álcool. Na manhã seguinte já vai estar tudo ótimo pra começar o divertimento! 🙂

Fiquei no mesmo hostel de Lima, Pariwana. Esse é bem mais legal, uma casa colonial de mais de 400 anos, com um pátio enorme e com uma vibe maravilhosa!

 

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O primeiro dia, como citei, fiz somente ambientação, tomei uma sopinha de legumes e um suquinho de lúcuma, fruta popular por lá. André comeu uma massa vegetariana e tomou a famosa Chica Morada, bebida feita a partir do maíz morado, um milho roxo escuro. A chica é uma delícia, vale a pena pedir!

Passeamos um pouquinho pela Praça de Armas e, ao anoitecer, comemos numa confeitaria lindinha, La Valeriana, com doces muito bons e preços ótimos. Experimente o Tres Leches, simplesmente maravilhoso.

 

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Para o dia seguinte já separamos visitas a sítios arqueológicos. Os principais passeios são: City Tour, Vale Sul, Maras/Moray e Vale Sagrado. Cada um deles dura metade de um dia e o ônibus passa por vários lugares.

Pra quem curte história, o circuito fica legal na ordem que descrevi acima, mas como nem tudo são flores, não estaria disponível essa ordem para as datas que eu precisava. Por isso, minha primeira parada foi Vale Sul.

O Vale Sul Passa por Tipón, uma amostra ainda em funcionamento da engenharia hidráulica dos povos andinos. É inacreditável ver a engenhosidade daquele sítio, foram unidos vários lençois freáticos e a água direcionada para varias calhas que se separam e se juntam, na intenção de tornar a água própria para consumo. Insano!

 

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Depois de lá, fomos para Pikillacta, a primeira cidade organizada da era, com praça central, ruas e bairros. O nome significa cidade das pulgas, referência a estatura daquele povo.

 

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Também visitamos Andahuaylillas, que é uma igreja barroca toda construida por andinos. Infelizmente não é permitido fotografar lá dentro, mas vale a pena!

 

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Voltamos pouco depois da hora do almoço e fomos ao restaurante Limo, na praça de Armas de Cusco. É um restaurante mais refinado, com preços mais altos, mas a comida vale muito a pena. Comemos ceviche e umas bolinhas de mandioca com queijo, que eu não lembro como chamava. Para beber foi Pisco Sour e uma limonada maravilhosa com côco, recomendo fortemente tudo, principalmente as bebidas!

 

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Fomos também conhecer a famosa pedra de 12 ângulos. Segundo a tradição, se você não visitar a tal pedra sua ida a Cusco não significou absolutamente nada!

Dica: quando for ver a pedra não deixe nenhum local vir te explicar sobre ela ou qualquer outra coisa, pois se você ouvir, ele te cobrará pelo menos 10 soles de ‘propina’…

 

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Aproveitamos pra dar uma passeada pela praça de armas, estava acontecendo desfiles lindos, já que era a semana do Inti Raymi, festa mais importante de Cusco que celebra o deus sol.

A bandeira colorida é o símbolo de Cusco e, como um dos guias me explicou, é diferente da bandeira LGBT pois as cores estão em lugares diferetes e a cusquenha tem o branco.

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Como foi nosso primeiro dia de caminhada nos parques, porque olha… a gente anda nesses passeios (como anda!), estávamos exaustos e ficamos pelo hostel a noite e dormimos cedo.

Pra não deixar o post muito longo, vou deixar 2 dias para cada post, ok?

O que você está achando da minha viagem? Me conta nos comentários!

Beijos!

 

Veja Também:

Viagem ao Peru: Lima – parte #1

 

 

COSTURANDO BLUSA BÁSICA RETRÔ

Falando sobre: Costura, Moda, Modelagem
08 jul 2016

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Quando estamos começando a costurar, a vontade é fazer já logo um casaco de inverno ou um vestido inteiro drapeado, mas a verdade é que estamos meio longe de peças complexas. Pode parecer meio frustrante ter que começar de vagar, mas te garanto: as peças simples tem tanto charme, que, mesmo depois de aprender bastante, você vai querer repetir as básicas!

E essa modelo de blusa é um belo exemplo disso, foi o primeiro projeto de blusa que fiz totalmente sozinha, desde a modelagem até a finalização da costura. E ele é, sem dúvidas, meu favorito ever! Já tenho 4 no mesmo modelo e sempre quero mais <3

Vou sempre pender pro lado de peças básicas e com jeitinho retrô. E essa blusa é tudo isso junto, ainda mais nessa estampa de poá grande preto e branco. Escolhi a viscose para esse projeto e caiu muito bem com o modelo. Aconselho usar tecidos com bom caimento e mais levinhos para essa blusa.

 

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Eu sei que o tempo esfriou e uma regata não é bem o que você deve estar procurando no momento, mas pode ter certeza que vai valer a pena. Ela compõe muito bem looks com sobreposições, agora no inverno, mas também vai ser ótima pra colocar os bracinhos de fora, quando o calor voltar.

Se você acompanha o canal a mais tempo, deve lembrar da Regata Cropped de Suede. E a única diferença na execução da cropped para essa de hoje são as pences.

Falei das pences no vídeo anterior e também fiz um post todo dedicado a esse tema, é só clicar aqui e depois aqui pra conferir.

 

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Fiz um vídeo com o DIY dessa blusa, com modelagem, corte e costura. Tudo bem explicadinho e simples de fazer, clica pra ver:

 

E aí, gostou dessa blusa e quer fazer também?

Beijos!

MINHA VIAGEM AO PERU: LIMA – parte #1

Falando sobre: Viagens
06 jul 2016

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Toda vez que volto de viagem sofro com uma espécie de limbo, meio aérea e morrendo de saudade do lugar que acabei de deixar. Mas passando alguns dias consigo voltar ao normal e retornar ao trabalho (parte mais difícil haha).

Com a viagem ao Peru não foi diferente! Além do mais foi, com certeza, uma das melhores da minha vida até agora.

Fiquei dez dias entre Lima, Cusco, Vale Sagrado e a tão sonhada Machu Picchu. Então estou separando os posts por regiões que fiquei, hoje vão ser os 2 primeiros dias em Lima.

Cheguei em Lima num domingo, por volta do meio dia, morrendo de fome, já que lá o fuso é de 2 horas a menos. A primeira impressão da cidade foi: neblina!

Eu já sabia que lá nunca chove e nunca faz sol, mas é uma visão peculiar uma cidade toda cinza e sem nem um rainho de sol. Mas isso não significa que eu não tenha gostado, porque eu adorei!

A cidade é banhada pelo Oceano Pacífico e tem muitas praias, as quais nem cheguei perto por estar frio e, caso você não saiba, não sou super fã de areia e água salgada não rs.

 

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Fiquei hospedada no bairro de Miraflores, um dos mais recomendados de Lima. Normalmente fico em hostel, se você tem algum receio desse tipo de hospedagem, fique tranquilo! Hostels são lugares muito mais legais do que você imagina, cheio de gente jovem e amigável, com festas todo dia. Além do que as oportunidades de conhecer novas culturas e atividades na cidade aumentam incrivelmente quando estamos com outras pessoas na mesma vibe que a gente.

Escolhi o Hostel Pariwana, muito bem avaliado em sites do segmento e completamente aprovado por mim! Amei o lugar, muito limpo, animado, comida maravilhosa e com preço bom. Outra vantagem de hostel é que todo mundo, normalmente, está com o orçamento apertado, então sempre podemos pegar boas dicas de passeios free/low budget na recepção ou com outros viajantes.

 

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Para o primeiro dia, separamos alguns pontos turísticos pra visitar a pé mesmo. Fomos ao Parque Del Amor, uns 10 minutinhos caminhando em linha reta pela Avenida Diagonal, logo em frente ao Hostel.

A praça fica de frente para costa, com uma vista maravilhosa do Oceano Pacífico e tem uma escultura enorme de um casal aos beijos. Em toda sua volta tem gramados e jardins floridos, onde muitos casais se sentam para apreciar o entardecer, além de muros baixos, cobertos de mosaicos com frases de amor. Logo ao lado da praça há uma pista de parapente, o que deixa a vista do mar ainda mais interessante, com o céu cheio de pontos coloridos. É sem dúvidas um lugar extremamente romântico!
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Voltei andando para o Hostel e comi por lá mesmo. Esperimentamos dois pratos típicos, o Lomo Saltado – uma espécie de frango xadrez, mas com carne bovina – e Quinoa ao Pesto,  esse cereal é muito popular no país. Ambos estavam uma delícia, mas eu gostei mais do prato vegetariano de quinoa.

 

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Ao anoitecer, segui para o Circuito Mágico del Aguas, no Parque de la Reserva. Fica a uns 20 minutos de taxi, partindo de Miraflores e me custou em torno de 10 Nuevos Soles (vou falar sobre a moeda e dar dicas para o taxi no próximo post!).

O parque conta com várias fontes diferentes, algumas são fontes comuns, com esguinchos bonitos e outras, muito mais interessantes, são interativas! Isso mesmo, além de ver toda a beleza da água em movimento, você pode brincar com ela.

Cheguei um pouco antes das 19 horas e tive tempo de ver o show de animação que usa uma parede de água para ser exibido.

 

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As que eu mais gostei foram o Túnel e o Labirinto (tem mais detalhes dela no vídeo da viagem!). Não sei dizer se esses são os nomes oficiais, mas o parque não é tão grande assim e você pode fazer o circuito, literalmente, iniciando na fonte 1 e seguindo até a última.

O Parque funciona de terça a domingo, das 15h às 22h, paguei por volta de 8 soles a entrada e achei que valeu a pena só pelas risadas no labirinto!

A noite logo no primeiro dia, conheci uma brasileira na recepção (pode procurar pela Natália!) que deu a melhor dica: Tour Grátis pelo centro antigo de Lima, saindo da praça logo em frente ao hostel!

Então fica a dica: todos os dias, às 11h da manhã, sai um tour a pé do Parque Central de Miraflores (que na verdade é uma praça). É só chegar lá uns minutinhos antes e se juntar a um grupo de pessoas de diferentes países, que estará lá pra fazer a mesma coisa que você. Aí aproveita pra já fazer umas amizades nesse tempinho! O guia usa uma camiseta amarela, com ‘Free Tour’ estampada. Ele é peruano, mas normalmente fala inglês também.

Na manhã seguinte, aguardamos o tour. Seguindo o guia, fomos andando para uma estação de ônibus, ele avisou quanto seria o ticket, pagamos e ele mesmo comprou pra todos.

Não consigo me lembrar o nome dele, mas foi um fofo! Explicou muito bem sobre a história de Lima e nos levou aos pricipais pontos históricos. Passamos por ruas, igrejas e praças importantes, aprendi sobre arquitetura da cidade, religião e até um pouco de política.

 

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No fim do tour ele ainda nos convidou pra experimentar a comida local em um restaurante alí do centro mesmo. Cheguei a mostrar no snap, não foi o lugar mais limpo e agradável que eu poderia comer, mas sinceramente, eu amei! O restaurante era bem simples, meio podrão, mas a comida incrível e barata demais: um pratão enorme de ceviche, que comem duas pessoas tranquilamente, custou cerca de 12 soles. Pra acompanhar, pedi uma Inka Cola, aka o guaraná do Peru (que tem mais gosto de tubaína).

 

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Depois do almoço não tínhamos roteiro, por isso decidimos acompanhar um casal que estava no tour com a gente (como disse, dá pra fazer muitos amigos!). Eles estavam indo visitar o Cristo del Pacífico, uma espécie de Cristo Redentor miniatura, que fica num mirante de frente pra cidade e mar. A vista é linda!

Mas se você resolver fazer esse passeio de taxi (o que eu recomendo), peça ao taxista para te esperar, pois lá em cima não passam meios de transporte e se a carona não ficar pra te levar de volta, vai acabar como nós: tendo que descer todo o morro a pé para pegar uma condução na parte baixa.

 

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Como tive que andar bastante e estava me acostumando ainda com o ambiente e tudo mais, além de ter um voo para Cusco bem cedo no dia seguinte, resolvi dormir cedo. Apesar da festa no hostel estar bem convidativa, usei o tempo para descansar, já que a parte alta da viagem ainda estava por vir.

Próxima parada: Cusco e sua altidude de 3.400m acima do nível do mar. Mas isso vai ser assunto do próximo post!

Então não deixe de acompanhar o blog, pra reviver comigo essa viagem maravilhosa!

Beijos!

O QUE SÃO PENCES?

Falando sobre: Costura, Modelagem
05 jul 2016

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Não sou especialista em modelagem, aliás nem em costura, mas pence é um assunto que surge logo de cara quando entramos nesse mundinho de fazer roupas.

Já passou pela experiência de vestir uma roupa de tecido plano (material que não tem elasticidade) e a peça simplesmente não valoriza, por não acompanhar as curvas do corpo? Pois, provavelmente, estão faltando pences.

Pence é uma espécie de  prega feita no tecido para que se ajuste melhor aos volumes do corpo. Por exemplo, uma saia precisa de pences na cintura para acomodar o quadril. Sem elas, ou a saia serve no quadril e fica larga na cintura ou não entra no quadril. Colocando pences numa peça, criamos curvas tridimensionais, que se ajustam perfeitamente na silueta.

 

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Exstem vários tipos de pences e todas visam dar bom caimento e ajuste ao corpo. Por exemplo numa blusa as pences são responsáveis por acomodar o busto, que precisa de mais tecido, e, ao mesmo tempo, se ajustar à cintura, que leva menos tecido.

Precisamos ficar atentos logo na modelagem, colocando pences e acrescentando em outras partes, para que, na hora de cortar o tecido, não falte nada. Caso não seja colocado mais centímetros em alguns pontos, quando fechamos as pences, as laterais ou bases da peça vão dar defeito.

A pence mais comum em blusas e vestido é a horizontal do busto. Ela é desenhada um pouco abaixo do fim da cava e segue até a direção do centro de cada seio.

Logo no começo do canal, mostrei como eu faço a Base da Blusa, mas não mostrei as pences. Então agora, voltei com outro vídeo mostrando as alterações que devem ser feitas para acrescentar essa pence do busto.

Acompanhe o vídeo abaixo para entender como fazer isso:

 

E aí, já sabia o que era pence? Me conta nos comentários 🙂

Beijos!