Não sei porque, mas sempre tive dificuldade em usar calças, até me dou bem com short no verão, mas calças no inverno são muito difíceis pra mim. Apesar de todo mundo achar fácil e prático usar calças e tenha dificuldade com vestidos, pra mim é completamente o contrário!
Ahh os vestidos! Essas sim são peças fáceis, não precisa nem pensar muito, só trocar o sapato pra ter uma produção diferente. Dá pra usar o mesmo modelo tanto numa reunião importante, usando scapin, quanto num domingo à tarde, dessa vez com tênis.
Meu modelo favorito é o bodycon (inclusive já tem um tutorial aqui!) ou vestido da Kim Kardashian. Claro que ela costuma usá-lo colado, salientando o corpão, mas pra menos ‘ozadas‘ é só fazer mais larguinho na cintura: assim disfarça a barriguinha, caso ela venha a incomodar. Mas se quiser justo no corpo todo, também pode 🙂
Nesse modelo usei tricô, esse material é encontrado em lojas de tecidos e é vendido por metro. Eu também não sabia que existia tricôzinho de máquina assim pra vender, foi um achado tão feliz! Fiz o cardigã de 5 minutos com o mesmo tricô, só que em outra cor, e ainda tenho dele off white a loka do tricô.
Não foi nada combinado, mas no fim fiquei com o cabelo fazendo par pro vestido. Amei!
No final do post, como sempre, tem o tutorial dele. Não deixe de conferir 🙂
Eu sou membro do bloco da roupa que não aperta. Nunca gostei de ficar incomodada com uma calça apertando na barriga ou um sutiã que deixa a pele toda marcada (como falei nesse post aqui).
Acho que me dei bem costurando minhas roupas, porque nunca admiti uma roupa justa demais só porque era do tamanho que eu achava que deveria vestir. Roupa foi feita pra ser usada, nos cobrir e expressar nossa personalidade através da imagem. Não pra machucar a gente, deixar vergões e nos deixar tristes com nossos corpos.
E esse conjuntinho junta todo esse meu pensamento num look só: confortável, do meu tamanho e minha cara!
Parece pijama? Melhor ainda, minha roupa favorita é a de dormir desde sempre haha
Aliás, costurar me ajudou a encanar menos com o que as outras pessoas acham da minha roupa. Eu faço o que eu gosto de usar, se alguém não gostar é só essa pessoa não usar, porque eu vou continuar feliz com a minha roupinha, fora do padrãozinho ditado pelo mercado e pelas lojas 🙂
Voltando para o look, fiz em um moletom bem fofinho e os acabamentos em malha de algodão. Pra dar um ar de roupa mais elaborada, apliquei alguns patches que trouxe da minha última visita ao Brás, que mostrei aqui! (tão apaixonada por essa abelha *-*)
Essa roupa é legal porque dá pra usar tanto de tênis, mais casual, quanto com uma sandália de salto, numa produção mais elaborada com um perfume fashionista, contrapondo espotivo x glamouroso.
Se gostou da roupa, o passo a passo dela está em vídeo no final do post!
Eu nunca me dei muito bem com sutiãs convencionais, aqueles com aros sob o bojo. Principalmente depois que engordei um pouco e esses aros começaram a machucar minha pele abaixo do seio, já que alí fica uma dobrinha saliente.
Não tenho muito problema em usar roupas sem sutiã, mas com blusas mais transparente ou justas, me sinto mais confortável usando pelo menos um top. Mas os tops estilo academia são feios que até doem, então quando descobri os bralettes, amiga, minha vida mudou!
Bralette é aquele sutiã sem estrutura, sem aros, sem bojo sem muita coisa pra incomodar. É claro que eles não dão sustentação, justamente por não terem todas as coisas que fato sustentam, mas para seios pequenos a médios esse modelo se encaixa bem.
Fiquei super feliz em fazer meus próprios bralettes, até porque eles são bem caros, principalmente os modelos com muita renda (que são os mais bonitos). Achei muito fácil e estou aqui compartilhando o tutorial com você!
Abaixo você pode assistir ao vídeo com o passo-a-passo e, no final do post, tem um link pra você baixar o molde do sutiã.
Os materiais que usei não são tão familiares pra quem costura pouquinho, mas são baratos e fáceis de encontrar. Inclusive os meus comprei no Brás e mostrei tudo aqui!
Usei:
-1,5m de Renda para Lingerie
-1 Camiseta de Algodão (forro)
-2m de Elástico para Lingerie
-2 Argolas e 2 Reguladores de Alças
-Máquina de Costura Comum
Esses dias fui na Rua Joli, no Brás, comprar tecidos e aviamentos. Fiz inclusive um Guia de compras pra quem quer visitar a região, se quiser conferir está aqui!
E como eu não fui lá à toa, trouxe muitos materiais pra casa e fiz um vídeo mostrando tudo, com indicação de lojas e preços. Os tecidos você encontra no vídeo abaixo e as informações das lojas estão no final desse post 🙂
Quando comecei a me interessar por costura, comprava meus tecidos nas lojinhas da minha cidade mesmo. Ficava encantada em pagar 20 dinheiros no metro de tricoline e achava que estava fazendo um ótimo negócio. Até que me contaram que o Brás (em São Paulo) não era bom só pra comprar coisas prontas baratinhas, mas também era um paraíso pras costureiras!
Quem costuma ir às compras no Brás, deve lembrar do Largo da Concórdia, logo na saída do metrô, ou na Feirinha da Madrugada. Mas o centro de tecidos do Brás não fica nessa região.
Pra comprar tecidos e aviamentos o lugar é a Rua Joli e sua imediações, onde encontramos uma tonelada de lojas com os mais diversos materiais.
Eu já gravei duas idas minhas à Joli, vou deixar os vídeos no final do post. É interessante pra ter uma noção de como é o lugar e fazer a visita já preparado.
Pra chegar lá dá pra ir de ônibus, metrô ou carro. De condução você vai precisar caminhar um bom pedaço até chegar lá, por isso eu normalmente vou de carro e estaciono num Multipark, no segundo quarteirão da Joli. A diária desse estacionamento fica entre R$20 e R$30. (olhando o mapa acima de baixo pra cima, dá pra ver o estacionamento)
Saindo do estacionamento, dá pra voltar pro comecinho da rua, onde se encontram lojas de aviamentos e alguns retalhos. Não dá pra esperar beleza na região do Brás, mas essas lojinhas do início são realmente bagunçadas. O bom é que nesse pedaço sempre tem banquinhas na rua com centenas de aviamentos baratinhos, principalmente zíper.
Banquinhas <3
Alí no comecinho tem duas lojas que gosto bastante, a primeira é a Clécio Zíper, que vende todo tipo de zíper, inclusive de metro e é a única que tem YKK e Corrente (melhores marcas de zíper), além de um atendimento muito bom. Nas outras até se acham essas marcas, mas são de sobras de fábricas, então ficam nas bancas e tem que garimpar.
Opções da Clécio
A segunda fica logo do outro lado da rua, se chama Agetec e tem uma vastidão de aviamentos de todos os tipos. A loja é enorme, com muitos armários de ferro altos lotados de materiais e eles vendem por metro, além de rolos fechados. O problema dessa loja é a desorganização, tudo é bem bagunçado, com sacolas e mais sacolas pelo chão amontoadas e restos de aviamentos jogados pelos corredores. Dá pra fazer bons negócios lá de verdade, só precisa de muita paciência e zero frescura.
Essa é a fachada da Agetec, bem feinha
Corredor da Agetec
Saindo desses dois primeiros quarteirões, a rua faz uma curva e já se avista o Centro Comercial Vila Textil, que é um quarteirão com paredes de tijolinho e uma lojinha ao lado da outra com fachadas iguais. Alí no centro tem uma loja que eu adoro, a Metropolitan Fashion, tem muitos tecidos lindos e com preço ótimo, além do atendimento maravilhoso. Hoje eles são meus parceiros, mas eu já comprava lá muito antes da parceria.
O centro comercial fica do lado direito da Joli e continua virando pela rua Sampson, também à direita.
Metropolitan <3
Depois do centro comercial, seguindo pela Joli, começa um mar de lojas de tecidos. Eu costumo subir a rua pela direita até o final e voltar pela esquerda, assim tenho chance de ver tudo sem perder tempo.
Nessa parte da rua, olhe atentamente os tecidos que estão na calçada, pergunte o preço e veja se interessa, pra só depois entrar na loja. Tem lojas demais, por isso é impossível entrar em todas, então eu entro só nas que os tecidos da porta me chamem atenção e o preço esteja ok.
Depois da Sampson, a próxima a cortar a Joli é a Rua Almirante Barroso. Nela também tem bastante variedade de lojas e duas que são muito interessantes: a Tritex, que vende ribanas para punhos de blusa, e a KWS, que trabalha só com patches.
Depois da Almirante Barroso, ainda tem mais duas ruas cortando a Joli, mas já não tem tanta loja. Só vale a pena ir até o final da Joli pra passar na Nara Aviamentos. Ela fica no fim mesmo, do lado esquerdo, a fachada não é muito grande, mas não se engane, ela é repleta de corredores, prateleiras, rolos, cestas, gavetinhas… Dá pra perder o dia todo lá dentro! Diferente da Agetec, a Nara é super organizada, com corredores numerados e separados por tipos de materiais, todos os nichos tem identificação, preço e as gavetas tem amostra do material colado do lado de fora, poupando o tempo de abrir pra descobrir o que tem dentro. Tem muitos atendentes amigáveis e que ajudam a pegar os produtos, mas também te deixam livre pra se virar sozinho se quiser. Eu mesma peguei alguns saquinhos plásticos, uma bandeja e saí me servindo. Vale muito a pena dar uma passadinha!
Infelizmente a maioria das lojas da região está acostumada a vender no atacado e, apesar de também venderem no varejo, os atendentes não são tão amigáveis com quem vai comprar poucos metros. Então tenha paciência e não aceite que te empurrem qualquer coisa só porque estão sendo enérgicos.
Eu já deixei de levar tecido por ter pedido pra cortar com a tesoura e o vendedor passar por cima de mim e rasgar. Você não precisa mesmo engolir qualquer coisa, mas esteja ciente que o atendimento nem sempre vai ser bom e não perca seu dia por causa um vendedor estressadinho. Se não atenderem bem, siga em frente e compre na próxima loja.
As lojas trabalham com sazonalidade, então se sua visita for mais próxima do verão, as ruas estarão cheias de tecidos leves e coloridos. Já no inverno, tudo que vai encontrar exposto serão tecidos pesados e quentinhos.
Isso não significa que as lojas não tenham tecidos diferentes da época, mas eles estarão no fundo ou guardados.
O preço não varia muito para materiais iguais, mas de uma loja pra outra a qualidade muda bastante. Depois de costurar por um tempo, passei a preferir até pagar mais caro e levar um tecido de boa qualidade, assim meu trabalho vai valer a pena e minhas roupinhas vão durar bastante. Por isso, olho o tecido, pego nele e avalio bem antes de comprar. Se não encontrar uma qualidade que me agrade, prefiro voltar sem nada.
Dicas extras: *Vá de roupa confortável e leve mochila ou até um carrinho de feira, se for comprar muito. *Leve água e um lanchinho de casa, pois as opções de restaurante são poucas e não muito bonitas.
*O horário de funcionamento das lojas é das 8h às 17h, de segunda a sexta, e das 8h às 13h, aos sábados.
No mais, aproveite o passeio pra conhecer tecidos, descobrir lojas legais e pechinchar bastante, a maioria das lojas faz desconto à vista.
Aqui embaixo tem dois vídeos das minhas visitas. O primeiro é realmente um guia, complementando essa postagem e o segundo é uma visita recente, pra você me acompanhar num dia de compras 🙂
Espero que tenha gostado e se tiver dúvidas é só comentar aqui embaixo.
Um beijo!